Motivo: ter subscrito um abaixo-assinado crítico do actual modelo de avaliação de professores, na qualidade de docente da Escola Secundária Infanta D. Maria. O afastamento e a razão invocada pela DREC estão a provocar a indignação de vários directores de escolas, que admitem tomar uma posição pública sobre o assunto.
Militante socialista, Ernesto Paiva diz estar "magoado e desiludido com a administração", que "ignorou anos de trabalho que ela própria avaliou com a cotação máxima ". "Sei que exercia um cargo de nomeação, mas sempre entendi isso como um factor que aumentava a minha responsabilidade no sentido de aplicar as orientações do Governo e a legislação em vigor de forma eficaz e com rigor técnico, sem olhar a cores partidárias ou a outros interesses que não fossem os da população. Nunca pensei estar impedido de ter uma opinião e de a manifestar", disse ao PÚBLICO.
"Quebra de lealdade"
Segundo disse, já havia sido contactado uma semana antes pela directora regional, que lhe terá dito que considerava a sua participação no abaixo-assinado "uma quebra de lealdade" e o aconselhou "a pensar". Nessa altura, diz, perguntou explicitamente se havia algo no seu trabalho que não correspondesse às expectativas, ao que ela terá respondido negativamente. Como tal, "pensou" e decidiu não se demitir, por considerar que a manifestação de uma opinião "não colocava em causa" a sua capacidade "de agir com a mesma eficácia e rigor de sempre".
Ernesto Paiva - que subscreveu o abaixo-assinado na qualidade de professor - diz ter contestado um modelo de avaliação que "ignora" o facto de ele "leccionar apenas uma hora e meia de aulas por semana a uma única turma.": "Trabalhando a maior parte do tempo na DREC, só enganando a administração posso corresponder a um modelo que avalia quatro dimensões da minha actividade segundo 39 indicadores e 72 descritores. Por isso, apelei a uma reflexão sobre o sistema de avaliação - era isso que se pedia no abaixo-assinado".
A directora da Escola Secundária Infanta D. Maria, Rosário Gama, frisou ontem não ter conhecimento oficial do afastamento do ex-coordenador da Equipa de Apoio às Escolas de Coimbra e do seu regresso a tempo inteiro àquele estabelecimento de ensino. Acrescentou, contudo, que "desde sexta-feira" tem vindo a ser contactada por outros directores de escolas que "se mostram escandalizados e profundamente revoltados com a situação" e admitem "tornar pública uma posição sobre o assunto".
O Ministério da Educação não confirmou ontem a demissão de Ernesto Paiva, informando apenas que o facto de ter assinado um documento crítico do modelo de avaliação está a ser analisado à luz do "dever de lealdade" que os coordenadores devem aos directores regionais de Educação. Ernesto Paiva diz não entender "o que poderá estar a ser analisado", já que na quinta-feira lhe foi dito que estava demitido e domingo foi informado pela sua sucessora de que aceitara o convite para substituí-lo.
"Quebra de lealdade"
Segundo disse, já havia sido contactado uma semana antes pela directora regional, que lhe terá dito que considerava a sua participação no abaixo-assinado "uma quebra de lealdade" e o aconselhou "a pensar". Nessa altura, diz, perguntou explicitamente se havia algo no seu trabalho que não correspondesse às expectativas, ao que ela terá respondido negativamente. Como tal, "pensou" e decidiu não se demitir, por considerar que a manifestação de uma opinião "não colocava em causa" a sua capacidade "de agir com a mesma eficácia e rigor de sempre".
Ernesto Paiva - que subscreveu o abaixo-assinado na qualidade de professor - diz ter contestado um modelo de avaliação que "ignora" o facto de ele "leccionar apenas uma hora e meia de aulas por semana a uma única turma.": "Trabalhando a maior parte do tempo na DREC, só enganando a administração posso corresponder a um modelo que avalia quatro dimensões da minha actividade segundo 39 indicadores e 72 descritores. Por isso, apelei a uma reflexão sobre o sistema de avaliação - era isso que se pedia no abaixo-assinado".
A directora da Escola Secundária Infanta D. Maria, Rosário Gama, frisou ontem não ter conhecimento oficial do afastamento do ex-coordenador da Equipa de Apoio às Escolas de Coimbra e do seu regresso a tempo inteiro àquele estabelecimento de ensino. Acrescentou, contudo, que "desde sexta-feira" tem vindo a ser contactada por outros directores de escolas que "se mostram escandalizados e profundamente revoltados com a situação" e admitem "tornar pública uma posição sobre o assunto".
O Ministério da Educação não confirmou ontem a demissão de Ernesto Paiva, informando apenas que o facto de ter assinado um documento crítico do modelo de avaliação está a ser analisado à luz do "dever de lealdade" que os coordenadores devem aos directores regionais de Educação. Ernesto Paiva diz não entender "o que poderá estar a ser analisado", já que na quinta-feira lhe foi dito que estava demitido e domingo foi informado pela sua sucessora de que aceitara o convite para substituí-lo.
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